quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O que é Dharma



 

Dharma

Swami Dayananda

A palavra dharma é derivada da raiz sânscrita dhr, que possui alguns significados, sendo os principais “existir, viver, continuar”, e “segurar, suportar, sustentar”. A própria palavra dharma acabou sendo usada numa larga variedade de sentidos, na maioria relacionados com as traduções mais comuns: retidão, virtude, dever.
Num sentido mais amplo, dharma refere-se à natureza ou caráter de alguma coisa. Nessa ordem de idéias, é possível falar do dharma de um objeto inanimado, ou de plantas e animais. O dharma, ou natureza, do fogo é calor e luz. O dharma de uma vaca inclui dar leite e pastar. O dharma da vaca não inclui ficar à espreita e matar presas.
A natureza do ser humano, como ensina Vedanta, é a plenitude absoluta. É em relação ao indivíduo que não reconheceu sua própria plenitude que dharma pode ter diversas nuanças de significado.
Todos os objetivos que alguém procura na vida cabem em quatro categorias: segurança, prazer, dharma e liberação. Os desejos de riqueza e segurança e de prazeres sensoriais são partilhados por todos os seres vivos. Quando se trata de animais, a busca desses bens é governada pelo instinto. A vaca masca a grama por instinto, não por escolha. Toda ação envolve escolha de finalidades e meios para atingir um dado objetivo. Cada um pode agir em harmonia com sua natureza, em contato com outros indivíduos ou dentro da sociedade - ou pode não fazê-lo. Assim, para o ser humano, são valores que governam as ações ou a busca de segurança e prazer. Uma vez que valores são sujeitos a variações e mudanças, cada um deve ter um conjunto de linhas de conduta que governe seus valores.
Esse conjunto - a ética - é chamado dharma. Dharma inclui tanto uma ética do bom senso, escolher minhas ações de maneira a não agredir os outros, como uma ética religiosa, que diz não me ser possível escapar dos resultados das minhas ações. Ações corretas ou incorretas levam a resultados conseqüentes, seja nesta vida, seja depois dela.
O quarto objetivo desejado - o que dá fim a todos os demais desejos e objetivos - é moksa, a liberação. Liberação é o reconhecimento da própria natureza como plenitude e totalidade. A pessoa liberada, plena, não tem mais desejos, e sua vida só pode estar em harmonia com tudo que a cerca. É um exemplo vivo de dharma a ser seguido por todos. Até que se alcance essa plenitude, as leis do dharma se mantêm como linhas de ação que norteiam a vida. Vivendo uma vida reta e virtuosa, a pessoa prepara a mente para receber o ensinamento que lhe trará moksa.

Extraído de www.vidyamandir.org,br, em 22/12/2010.

Entrevista com Gloria Arieira no eYoga.com.br em 2008


Gloria Arieira e Marie Furlanetti em Teresópolis (RJ) » julho de 2008Conheça a história da estudiosa, os segredos de sua viagem à Índia e o amor pelo que é védico.
» por Thays Biasetti
Uma das mais respeitadas estudiosas dos Vedas e tradutora de sânscrito no Brasil, Gloria Arieira largou sua vida no país para viver quatro anos na Índia e estudar com Svami Dayananda, seu mestre. Desde seu retorno, dedica-se a promover o Vedanta e o sânscrito no Brasil e na Argentina, além do trabalho de tradução para o português de textos em sânscrito. Confira o bate-papo com a estudiosa sobre sua vida, a viagem à Índia e a paixão pela cultura védica.
eYoga » Você tem uma vasta história com os Vedas. Como foi seu primeiro contato com eles?
Gloria Arieira » Meu primeiro contato com os Vedas foi por meio do Svami Chinmayananda, que veio ao Brasil e proferiu duas palestras em 1973.
eYoga » O que levou a largar sua vida no Brasil para passar anos na Índia viajando e aprendendo com seu mestre?
Gloria » Estava, naquela época, buscando um significado maior para a vida e um conhecimento que me libertasse da busca constante pela paz e da satisfação comigo mesma, algo que fizesse sentido para mim. Não encontrei em filósofos, em estudiosos, nem na arte, tampouco nas religiões com as quais tive contato. As palavras de Svami Chinmayananda, que ele disse ser o ensinamento de Vedanta, fizeram tanto sentido que eu resolvi ir à Índia estudar com ele. Quando cheguei, ele me disse que aprendesse com seu discípulo, Svami Dayananda, que ministrava o curso no ashram deles no subúrbio de Mumbai. Svami Dayananda tornou-se, então, meu mestre.
eYoga » Como foi sua experiência na Índia? O que mais gostou e o que menos gostou?
Gloria » A Índia é um país de contrastes, de paradoxos. De imediato gostei muito do povo, dos lugares, da comida, da roupa. Adorei estudar no ashram, das aulas, dos cânticos védicos, das meditações e do estudo do sânscrito. Foram quase cinco anos inesquecíveis por esses estudos e descobertas, mas também foram anos muito difíceis por preconceitos e dificuldades que passei. Minha dedicação foi completa, por isso deixei de lado muitas coisas que não eram tão importantes naquele momento. Além dos estudos, conheci muitas pessoas importantes e significativas para mim.
eYoga » Você acredita que aprendeu mais com seus estudos ou com a convivência com Svami Dayananda?
Gloria » Com ambos. Aprender e conviver com o mestre são coisas importantes, como também é conviver com outras pessoas que buscam o autoconhecimento. É uma oportunidade para estudar e conhecer mais sobre nós mesmos como pessoas e lidar adequadamente com nosso ego.
eYoga » Você faria tudo de novo?
Gloria » Sem dúvida, faria tudo de novo!
eYoga » De tudo que você aprendeu, qual o ensinamento que você mais gosta?
Gloria » Naturalmente que o conhecimento de Vedanta é minha vida, mas gosto também dos cantos védicos. Dos textos estudados, a Bhagavad Gita, Sri Krishna e Arjuna estão sempre comigo.
eYoga » Qual é mais difícil de seguir na vida diária? Aliás, você acredita que isso é possível?
Gloria » Quando o conhecimento de Vedanta, de Yoga, faz parte de nossa vida, não há mais dificuldade em seguir, pois não há mais escolha, faz parte da própria pessoa. Uma vida de dedicação exclusiva ao estudo, meditação e cantos, como se vive em um ashram, é muito atraente, mas eu acreditei que seria fácil demais pra mim, que o desafio estava em unir isso à vida de família, na sociedade urbana. Foi o que fiz e foi possível.
eYoga » Você acredita que pode chegar a saber tudo sobre os Vedas?
Gloria » Pode-se saber tudo sobre os Vedas no sentido de conhecer sua mensagem, seus valores, proposta de vida e tema fundamental. A pessoa torna-se vedavit, conhecedor dos Vedas, que é o vedahrdayavit, o conhecedor do coração dos Vedas. Mas tudo que está nos Vedas, em detalhes, não é possível conhecer.
eYoga » O que fez você se apaixonar pelo sânscrito?
Gloria » O sânscrito é uma língua lógica, com regras claras, com palavras especiais para o estudo dos Vedas que não podem ser traduzidas, mas entendidas, como a palavra dharma, por exemplo. É uma língua encantadora e, sendo lógica, fácil de estudar, ainda que complexa. O que me apaixonou foi sua estrutura gramatical, sua lógica, e a beleza de seu som.
eYoga » Para se aprofundar nos ensinamentos, todo yogi deveria saber sânscrito?
Gloria » Para se aprofundar no conhecimento contido nos Vedas, seja Vedanta, Yoga ou Ayurveda, algum conhecimento de sânscrito se faz necessário. Existem traduções muito ruins de sânscrito e, ao menos, a pessoa deve poder avaliar se a tradução é confiável ou não.
eYoga » Qual o texto mais difícil que você traduziu e por que?
Gloria » Já traduzi a Bhagavad Gita, algumas Upanishads e muitos outros textos de Vedanta. Quando o texto possui um comentário em sânscrito de um grande mestre, como Sri Shankara, torna-se mais fácil traduzi-lo e ter certeza sobre seu entendimento correto. Um texto muito difícil é o Yoga Sutra de Patañjali, porque não temos certeza sobre o que ele quis dizer. Existem muitas traduções inexatas e outras que não fazem sentido. Ainda estou trabalhando na tradução dos Yoga Sutras à luz de Vedanta e buscando as bênçãos de Sri Patañjali para finalizar o trabalho.
eYoga » Qual seu conselho para as pessoas que querem se aprofundar nos estudos dos Vedas?
Gloria » Para estudar os Vedas, mais especialmente Vedanta e Yoga, é fundamental encontrar um professor ou professora que tenha estudado com seu próprio mestre e possa lhe ensinar. O mestre tem que ser vivo. Não funciona ter um mestre morto ou ser autodidata. Depois de certificar-se que o professor é confiável, dedique um tempo a sentar com seu professor e estudar, ouvir seus conselhos, conviver com a pessoa, fazer o que for necessário para isso. O próprio ensinamento e os mestres irão abençoar a pessoa sincera com o ensinamento que ela deseja. Pode ter certeza.
eYoga.com.br
Entrevista realizada por Thays Biasetti e originalmente publicada em 15 de agosto de 2008
na coluna Yogi » Bate-papo do site www.eyoga.com.br da revista Prana Yoga Journal.
A formatação deste texto, como está no vedanta.pro.br, é uma cópia da publicação no Ekadanta Yogashala.

grupo de estudo em andamento


Upadeśa-sāram, A Essência do Ensinamento
de Ramana Maharshi
 tradução e comentários de Gloria Arieira 


 
A participação neste grupo é gratuíta, no Mahi Yogashala ,Sousas, Campinas/SP, semanalmente, às terças-feiras, às 20:00h, com o texto Upadeśa-sāram, A Essência do Ensinamento, de Ramana Maharshi.
Curso via áudio, com 11 aulas de aproximadamente 1 hora, ministradas por Glória Arieira, do Vidya Mandir - RJ.

Não é necessário acompanhar desde o início para participar. É possível participar de cada aula separadamente.A participação é gratuíta e aberta ao público.


Encontros:
01/02 - terça-feira, 20:00h (primeiro encontro)
08/02 - terça-feira, 20:00h
15/02 -
terça-feira, 20:00h
22/02 - terça-feira, 20:00h
01/03 - terça-feira, 20:00h
08/03 - terça-feira, 20:00h
15/03 -
terça-feira, 20:00h
22/03 - terça-feira, 20:00h
29/03 - terça-feira, 20:00h
04/04 - terça-feira, 20:00h11/04 - terça-feira, 20:00h18/04 - terça-feira, 20:00h


 Glória Arieira e Marie Furlanetti, jul/2008

Como chegar:

www.mahiyoga.com/mapa

grupo de estudo realizado


Tattvabodhaḥ - O Conhecimento da Verdade,
de śrī śaṅkarācārya, tradução e comentários de Gloria Arieira 
Encontros realizados de 28/09/2010 até 14/12/2010

O problema de cada um se resume na ignorância, ignorância de si mesmo. Ao identificar o 'eu' ora com o corpo, ora com a mente, ora com nossa relação aos outros, demonstramos ignorância de nós mesmos. Este é o problema.
Para adquirir algo, necessito fazer alguma coisa; o fazer, uma ação, se chama karma em sânscrito. Mas ação - ou uma ou um número infinito delas - não acarreta na destruição da ignorância. Então, a solução só pode ser conhecimento, e para tal é necessário um meio de conhecimento.
Vedanta é um meio de conhecimento que tem o sujeito como seu tema.
Shankara escreveu vários textos de Vedanta, comentários aos textos principais e versos devocionais. Tattvabodha é uma de suas obras e introduz o estudante à sabedoria de Vedanta.

Preço do livro: R$ 25,00 
 
A participação neste grupo é gratuíta, no Mahi Yogashala ,Sousas, Campinas/SP, semanalmente, às terças-feiras, às 20:00h, com o texto Tattvabodhaḥ - O Conhecimento da Verdade, de śrī śaṅkarācārya.
Curso via áudio, com 12 aulas de aproximadamente 1 hora, ministradas por Glória Arieira, do Vidya Mandir - RJ.


Não é necessário acompanhar desde o início para participar. É possível participar de cada aula separadamente.

Primeiros encontros:
28/09 - terça-feira, 20:00h (primeiro encontro)
08/10 - terça-feira, 20:00h
14/10 - quinta-feira, 20:00h (excepcionalmente na quinta!)

19/10 - terça-feira, 20:00h
26/10 - terça-feira, 20:00h

Como chegar:

www.mahiyoga.com/mapa

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Conheça boas opções em SP para quem não come carne (e vai além disso)

Folha.com em 22/11/2010 - 11h04


KÁTIA LESSA
DE SÃO PAULO

"É muito fácil ser vegano na cidade de São Paulo", afirma o designer Marco Wey, 26. Vegetariano desde os 15 anos, ele decidiu virar vegano há três porque achava hipócrita não comer carne e continuar a consumir outros derivados de animais como ovos, leite e couro. Quando optou por esse estilo de vida, Marco não recebeu apoio. "Não me disseram nada positivo, só escuto piadas, mas não ligo."

Segundo ele, a maior dificuldade foi parar de consumir leite, porque fica complicado saber se o item foi ou não utilizado na preparação dos pratos. "Hoje olho queijo e não tenho a menor vontade de comer aquela gordura toda."


 Daigo Oliva/Folhapress
Sorveteria Soroko serve gelados feitos com leite de soja, em sabores de frutas ou strudel --custa o mesmo que a bola tradicional
Sorveteria Soroko serve gelados feitos com leite de soja, em sabores variados --valor é o mesmo dos tradicionais

Para o designer, a cidade oferece diversas opções vegetarianas, e é nesses locais que o vegano "se salva".
"Problema eu só tenho quando viajo para o sul do país." Para ele, estranho é comprar sapatos. "Quando pergunto se o calçado é de couro legítimo, os vendedores acham legal garantir que é. Dou meia-volta e procuro outra loja", conta.

Marco está certo. São poucos os pontos totalmente veganos em São Paulo. Embora o veganismo não seja focado apenas na alimentação, os restaurantes vegetarianos quase sempre oferecem pratos voltados para esse público.

Juninho, 32, baixista da banda Ratos de Porão, é vegano desde 1995. "Quando me envolvi com o pessoal do punk e do hardcore, passei a ter uma postura mais política em relação a tudo. Li muito sobre o assunto e acho que é possível viver bem na cidade sem ter que matar ou maltratar outro ser vivo. Basta ter força de vontade", afirma.

Para o músico, parar de comer carne foi fácil e só trouxe benefícios físicos. "Meu intestino funciona perfeitamente e me mantenho magro. A única mudança mais relevante é que, como me alimento de forma mais leve, sinto mais fome ao longo do dia. Basta fazer um lanche durante a tarde e fica tudo certo."

Juninho é um dos organizadores da Verdurada, uma festa que reúne veganos na cidade. Criada em 1993, ela começou como um encontro que contava com refeições veganas e show no final do dia.

Em 1996, o grupo cresceu e os encontros passaram a ser realizados em galpões, com apresentações de diversas bandas, nos quais também é proibido fumar ou ingerir bebidas alcoólicas. Jaquetas de couro? Só se forem sintéticas.

Apesar do estereótipo, o baixista não é radical. "O importante é ter consciência do que você está consumindo. Se eu viajo e esqueço a pasta de dente vegana [não testada em animais], não vou ficar sem escovar os dentes, mas, se tenho a opção de escolher um produto que não prejudicou um animal, eu faço."

Há poucos pontos só para veganos em SP, mas restaurantes vegetarianos têm pratos para eles:


ROTEIRO VERDE

Vegethus
Um dos mais badalados restaurantes 100% veganos de São Paulo, é rota do músico Moby quando está na cidade. A matriz, um point vegano há sete anos, próximo ao metrô Santa Cruz, acaba de fechar. No novo endereço, na região da Paulista, há um charmoso café e lojinha com produtos veganos como roupas e cosméticos. Aos sábados, há rodízio de pizza no forno à lenha. No segundo sábado do mês, acontece a noite da junk food. O cardápio demora cinco semanas para ser repetido. Entre os pratos mais aguardados, o tofu assado com shoyu e orégano e o acarajé. Destaque para as sobremesas.
R. Haddock Lobo, 187, Cerqueira César, tel. 2306-2116, www.vegethus.com.br

Vegacy
No Jardim Paulista, o Vegacy existe há dois anos. O ambiente simples é boa opção para um almoço rápido. O buffet (R$ 17) tem dez opções de pratos quentes, saladas e tortas salgadas. Às quartas, há feijoada vegana. Sábado é noite de pizza. De sobremesa, cupcakes com leite de soja.
R. Augusta, 2.061, Jardim Paulista, tel. 3062-9989

Flor de Mamão
Outra opção para a o almoço, o restaurante vegetariano tem cardápio 80% vegano -esses pratos são sinalizados no buffet (R$ 18). Destaque para a torta de banana e para o pó de capuccino vegano vendido na lojinha.
R. Tutóia,126, Paraíso, tel. 2609-7347, www.flordemamao.com.br

Lar Vegetariano - Delivery
Entrega pizza, além de lanches e salgados congelados, tudo vegano. A redonda mais pedida é a de quatro queijos, feita com catupiry de soja, mozarela de soja, tofu fresco e tofu defumado.
Tel. 3978-8681, horário: sex e sáb, das 19h às 22h30

Sorveteria Soroko
Foi depois que uma cliente ficou intolerante à lactose que o dono do local, Anatolie Soroko, decidiu criar sorvetes sem o ingrediente. O resultado do trabalho com o leite de soja é delicioso e custa o mesmo que a bola tradicional. A cobrança é por peso. O mais pedido é o sorvete de strudel. Existem também opções de frutas.
R. Augusta, 305, Consolação, tel. 3258-8939

Maha Mantra
Vegetariano inspirado na culinária indiana, oferece boas opções para veganos.
R. Fradique Coutinho, 766, Vila Madalena, tel. 3032-2560, www.mahamantra.com.br

Da Adi - Culinária Gourmet
Adriana Tatias, a Adi, faz bufês vegetarianos para eventos caseiros. A especialidade é uma culinária saudável e sofisticada, e há cardápio vegano. Os pratos do desejo são a lasanha de quinua com queijo artesanal e a almôndega de berinjela. Vale provar o biscoito de aipim, 100% vegano.
Tel. 4485 5360

Apfel
Muito frequentado por gringos, o Apfel tem 50% do cardápio vegano. Foi por lá que a turma da banda Belle & Sebastian e a cantora francesa Soko se alimentaram na passagem pela cidade. No almoço, há um bufê bem servido. Para o jantar, as boas opções do cardápio são o arroz negro com pupunha grelhada e o cheesecake de tofu.
R. Bela Cintra, 1.343, Jd. Paulista, tel. 3062-3727, www.apfel.com.br

Maní
O restaurante não é vegetariano, mas, para um jantar especial, é bom saber que a casa oferece uma opção de prato para o público vegano. Trata-se do manioca (legumes com espuma de tucupi).
R. Joaquim Antunes, 210, Jardim Paulistano, tel. 3085-4148, www.manimanioca.com.br

Vegan Pride
Localizada na Galeria do Rock, a loja oferece apenas produtos que não tenham origem animal, como bolsas, cintos, camisetas, carteiras, jaquetas e cosméticos.
Av. São João, 439, loja 446, centro, tel. 3362-0897, www.veganpride.com
*

TIPOLOGIA
O nutricionista George Guimarães, 36, tem um consultório especializado em orientar quem deseja parar de consumir produtos de origem animal. Abaixo, ele explica as categorias elencadas pela Sociedade Vegana do Brasil.

Protovegetariano
Não come carnes, mas consome ovos e laticínios. Não tem restrições ao uso de couro, lã ou cosméticos que incluam ingredientes de origem animal ou que envolvam testes em animais.

Vegetariano
Aquele que só se alimenta de produtos de origem vegetal.

Vegano
Além da alimentação, ele não consome nenhum produto de origem animal na forma de vestuário ou cosméticos, não frequenta circos, rodeios, zoológicos nem participa de outras atividades que impliquem a exploração de animais
  • Se você vai viajar, confira um site que inclui resenhas de restaurantes veganos pelo mundo: www.happycow.com.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mentes divagantes tornam pessoas infelizes, conclui pesquisa

Extraído em 16/11/10 de G1 Ciência e Saúde

Dispersão é 'conquista cognitiva', mas tem um custo emocional, diz estudo.
Trabalho de psicólogos da Universidade Harvard foi publicado na 'Science'.

France Presse
Só 4,6% da felicidade das pessoas em um determinado momento é atribuível à atividade específica que ele ou ela está desempenhando 
Só 4,6% da felicidade das pessoas em um
determinado momento é atribuível à atividade
específica que ele ou ela está desempenhando
(foto ilustrativa: reprodução)
Talvez você deva ouvir os conselhos daquele professor de ioga, que sempre diz que é necessário concentrar-se no momento. Um estudo divulgado nesta quinta-feira (11) nos Estados Unidos sugere que as pessoas gastam quase metade do tempo imaginando que gostariam de estar em algum outro lugar ou fazendo alguma outra coisa, e essa perpétua dispersão da mente as torna infelizes.

"A mente humana é uma mente dispersa, e uma mente dispersa é uma mente infeliz", escrevem os psicólogos Matthew Killingsworth e Daniel Gilbert, da Universidade Harvard, na revista científica Science.

"A habilidade de pensar sobre o que não está acontecendo no momento é uma conquista cognitiva, mas tem um custo emocional", destacam.

As 2.250 pessoas pesquisadas divagavam em 46,9% do tempo
 
A pesquisa acompanhou 2.250 pessoas através de seus iPhones. Um aplicativo foi instalado para perguntar aos voluntários "o quanto felizes estão, o que estão fazendo no momento e se estão pensando sobre a atividade que estão realizando ou sobre qualquer outra coisa - e, neste caso, se é um pensamento agradável, neutro ou desagradável".

A pergunta aparecia na tela dos iPhones em intervalos irregulares.

Quando os resultados foram computados, os cientistas constataram que a mente das pessoas estava divagando 46,9% do tempo.


Sexo, exercícios e papo

Os voluntários declararam-se mais felizes quando faziam sexo, se exercitavam ou tinham uma conversa. Por outro lado, descreveram maior infelicidade quando usavam o computador em casa, descansavam ou trabalhavam.

"O estudo mostra que nossa vida mental é permeada, em um nível significativo, pelo não presente"
Matthew Killingsworth, psicólogo da Universidade Harvard
Ao examinar as respostas dadas pelos voluntários quando suas mentes divagavam, os psicólogos descobriram que "apenas 4,6% da felicidade das pessoas em um determinado momento é atribuível à atividade específica que ele ou ela está desempenhando, ao mesmo tempo em que o estado de divagação de uma pessoa corresponde a cerca de 10,8% de sua felicidade".

O estudo indica que "análises de intervalo causa-efeito" apontam que "a mente divagante dos voluntários é geralmente a causa, e não a consequência, de sua infelicidade".

Os voluntários tendem a ter mais foco no presente e são menos propensos à dispersão durante o sexo, segundo a pesquisa. Ao realizar qualquer outra atividade, as mentes divagam pelo menos 30% do tempo.

De acordo com os pesquisadores, 74% dos voluntários são americanos, oriundos de "um amplo espectro de cenários socioeconômicos e profissões".

"A divagação da mente é um excelente prognóstico da felicidade das pessoas", concluiu Killingsworth. "O estudo mostra que nossa vida mental é permeada, em um nível significativo, pelo não presente".

O aplicativo para iPhone usado na pesquisa está disponível para download.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O PROBLEMA É VOCÊ, A SOLUÇÃO É VOCÊ

Swami Dayananda

Tradução e apresentação por Humberto Meneghin 
em 07 de Novembro de 2010 no www.yoga.pro.br


PARTE I – O PROBLEMA

Na maioria das vezes achamos que os problemas com os quais nos deparamos são muito complicados, que não merecemos tê-los e às vezes pensamos que jamais irão se resolver. The problem is you, The solution is you, é um valioso livro escrito por Swami Dayananda, publicado pelo Gangadhareshwar Trust de Rishikesh, dividido em três capítulos:
1) O problema,
2) A busca e
3) A solução.
O texto aborda de uma forma sucinta, mas profunda, a maneira como podemos encontrar a solução para aqueles problemas que a vida nos apresenta.

1) OS DOIS TIPOS DE PROBLEMAS.
De início, o sábio nos explica que há basicamente dois tipos de problemas na vida:
PROBLEMA 1 – é aquele problema em que a solução se encontra fora do mesmo;
PROBLEMA 2 – é aquele em que a solução está dentro do próprio problema.
Explica Swamiji que os problemas ligados à alimentação, vestimentas, moradia e outros considerados mais simples e corriqueiros pertencem à primeira categoria de problema, ou seja, ao problema número 1, onde a solução se encontra fora do próprio problema.
Se você analisar o problema relacionado à fome, verá que aquele que sente fome, logicamente terá que procurar por comida para saciar a fome; então, a solução para o problema desta pessoa “ir em busca de comida para saciar a fome”, se encontra fora do problema fome.
O mesmo acontece se você não tiver um lugar para morar. Para solucionar este tipo de problema você terá que se empenhar nas ações necessárias para conseguir uma moradia e, conseqüentemente, a solução para este tipo de problema também se encontra fora de você.
Swamiji classifica estes tipos de problemas como problemas momentâneos, ou seja, são aqueles problemas que podem ser resolvidos tomando-se uma ação eficaz. Ação esta que de uma forma ou outra, levando-se em conta os recursos que temos a nosso dispor, irá nos levar ao planejamento e ao esforço contínuo em busca da solução.
Agora, se alguém nos der um quebra cabeças cujas peças, em número de quatro, se forem bem colocadas formam a letra “S”, você irá notar, de imediato, que cada peça tem o próprio formato, o próprio ângulo e que sozinhas, nenhuma delas tem o menor significado e, então, você chega a inevitável conclusão que as peças em si só tem um significado real se forem colocadas numa determinada maneira.
No entanto, se você colocar as quatro peças deste pequeno quebra cabeças de qualquer jeito, elas não formam a letra “S” e aí você vai achar que não é capaz de resolver o quebra cabeças.
Após várias tentativas, você percebe que as peças continuam a não se encaixar umas com as outras como deveriam se encaixar e aí você conclui que uma peça está faltando e por causa disto você começa a alimentar uma idéia equivocada de que a solução para se formar o quebra cabeças está fora do problema e que para solucioná-lo você ainda irá precisar de uma quinta ou sexta peça; mas, isso não é lógico, pois somente são necessárias as quatro peças montar o quebra cabeças.
Com este mero exemplo, Swamiji, nos apresenta o segundo tipo de problema, onde a solução está no próprio problema. Nos explica o sábio, que a solução deste problema requer apta, ou seja, alguém que seja bem informado e que tenha a qualificação necessária para trazer a solução ao problema; ou seja, é aquele que já tem a solução para o problema na cabeça e que vê a letra “S” se formar, naturalmente, com as quatro peças, mesmo quando não estão juntas; então, você chega à conclusão que a solução para este problema está no próprio problema e que a única ação que você precisa fazer é arranjar e colocar as peças numa forma apropriada para ter a solução.
E, finalmente, você conclui com toda certeza, que a solução para este segundo tipo de problema se encontra dentro do próprio problema. Mas se por algum motivo alguém achar, que a solução que este problema nos apresenta ainda continua sendo um “problema”, então, este “problema” só continuará existindo devido à ignorância daquele que acha que o problema ainda persiste, pois acredita que ao invés de um fato eivado de solução, tem o problema.

O PROBLEMA DA TRISTEZA HUMANA.

O problema da tristeza humana é um tipo de problema que tem a solução nele mesmo. Geralmente achamos que a solução para esse tipo de problema está fora dele, pois nós sempre encontramos uma razão, um bom motivo, para que a tristeza esteja fora de nós.
Parece que há algo fora do meu controle que me causa tristeza e que isto tem que ser corrigido, remendado ou até mesmo destruído para que a minha tristeza seja removida.
A razão porque sentimos tristeza é facilmente sentida e identificada por nós. Então, Swamiji, nos pergunta: Por que você está triste? Por que não tem trabalho? Por que está doente? Por que não está casado ainda? Por que não tem filhos ou porque tem muitos filhos? Por que alguém não deu notícias? Por que alguém deu notícias! 
A ingenuidade na mente dos humanos é capaz de descobrir as causas de seus reveses fora deles mesmos. A conclusão é que o revés ou a tristeza é um tipo de problema cuja solução se encontra fora dele.
Vamos examinar se a solução pode vir de fora ou não: Se você concluir que está triste só porque não tem um emprego, isto significa que a falta do emprego é a causa da sua tristeza, causa esta que deverá ir embora totalmente quando você conseguir um emprego, ou seja, o emprego conseguido é capaz de livrar você da tristeza.
Mas quando você começa a trabalhar neste novo emprego, você descobre que agora tem um novo problema: o lugar onde vai trabalhar é muito longe, pois você leva metade de seu tempo para chegar até lá.
Primeiro você tem que ir até ao ponto para pegar o ônibus, então você espera pelo ônibus, anda de ônibus por uma hora e depois caminha mais um pouco até à fábrica onde trabalha.  Com este problema diário, você resolve procurar por uma moradia próxima ao trabalho e a encontra na colônia da própria fábrica.
Mas, então, você se depara com um outro problema: lá o ar é totalmente poluído por causa da fumaça que sai da chaminé da fábrica e como alguém pode morar em lugar como esse? Então, a casa anterior onde você morava era definitivamente melhor do que a atual e por isso você resolve retornar para ela, mas, o problema do transporte está de volta. Você resolve um problema, e mais um aparece.
Esses problemas de emprego-trabalho, transporte, moradia são problemas passageiros – momentâneos– ou seja, são situações e não problemas.
Mas a tristeza não é causada por uma situação momentânea. Se você acha que uma determinada situação momentânea é a causa de tristeza, você poderá achar que isso também é uma situação que traz conforto. Por exemplo: a sogra sempre é uma fonte de conforto ou de incômodo, mas quando você precisa ir ao cinema ou ir a um encontro com o Swami, você prefere deixar a criança para a sogra tomar conta, em casa, pois ela será uma mão na roda como babá. Então, mesmo a sogra é uma fonte de conforto.
Todos os problemas os quais você se depara na vida, na verdade, também traz a você vantagem e desvantagens (vice versa). Não há nada neste mundo, na criação, algo que tenha apenas um lado.
Suponha que, se você se tornar um Swami, pessoas se aproximarão de você com certas perguntas tais como: Swamiji, você lê as mãos? Você pode me dizer quando vou me casar? E, outras perguntas mais.
Conta Swami Dayananda que em visita a um zoológico em Milwaukee, Estados Unidos, ouviu um adolescente dizer a outro: veja esta nova espécie!  Então, ser um sadhu também tem as suas vantagens e desvantagens.
Se você se casar, haverá vantagens e algumas desvantagens também. Ter filhos nos dá uma sensação de preenchimento como seres humanos, mas criar esses filhos traz todo tipo de problema inesperado.
Então, se você examinar qualquer situação, você encontrará ambas vantagens e desvantagens e se alguma situação causar tristeza a você, você poderá encontrar nessa dada situação uma fonte de conforto também.  Pois aquele que se sente confortável por causa de uma determinada situação também se tornará triste por causa dessa mesma situação.

O PENSAMENTO POSITIVO PODE REMOVER A TRISTEZA?

Qualquer coisa pode ser vista de várias formas. Olhando para uma rosa, alguém pode dizer:
“A rosa é bela, mas tem espinhos”.
Ou ainda:
“Apesar dos espinhos a rosa é bela”.
Ambos os pontos de vistas estão corretos, pois são baseados em fatos e isso nos traz o que chamamos de pensamento positivo, que as pessoas comentam tanto hoje em dia.  E isso é um modo, uma maneira de ver as coisas.
“A rosa é bela, mas tem espinhos”. Este é o jeito daquele que se queixa ao ver a rosa. “Apesar dos espinhos a rosa é bela”, é o modo positivo de se olhar a rosa.
Há muitas pessoas que propagam o pensamento positivo como um meio de superar a tristeza; mas isso não pode resolver o problema da tristeza humana para melhor, pois onde há pensamento positivo, há um fato que torna real o pensamento positivo; então, se fosse assim, haveria um outro fato se formando a base do pensamento negativo.
Tome como exemplo o caso de um homem que tinha uma pobre auto-imagem, isto é, uma baixa auto estima. Sempre olhando para baixo e ele conclui que não venceu na vida, que foi um fracasso. As pessoas a sua volta também contribuem para que ele forme esta empobrecida conclusão e ninguém pode realmente ajudá-lo.
Ele vem até o Swami e conta como se sente e o Swami lhe diz: Você, positivamente, olhe pra você mesmo. Veja todas as coisas que tem. Você tem um par de olhos que vêem, um par de ouvidos que escutam e um nariz que sente cheiros. Há muitas pessoas que não tem olhos, outras que são surdas e há narizes que não sentem o cheiro. Você tem todos os sentidos intactos, corpo saudável e aquilo que chamamos de uma mente normal.
Quantas pessoas existem que não são privilegiadas como você? E você tem uma boa educação, bons pais. Há tantos órfãos que nem conhecem seus pais e que também não receberam educação apropriada. E você ainda tem uma boa família, um emprego, uma casa. Falando a verdade, você é abençoado. Por que você tem uma pobre imagem de você?  Há tantas coisas positivas em você mesmo.
Então, o homem se convenceu ao ouvir as palavras do swami e admitiu: “Não há nada a que se queixar. Eu estou muito feliz agora, não estou mais triste. Obrigado, Swami.” E o homem foi embora.
Então, ao sair, este mesmo homem viu alguém parar um carro a sua frente, um carro que era uma Mercedes e quando esse homem agora equipado com o pensamento positivo viu a pessoa que saiu da Mercedes e notou que aquele homem também tinha o par de olhos, ouvidos, nariz, corpo saudável todas essas coisas que ele tinha, mais uma Mercedes, ficou triste de novo. Ele percebeu que aquele homem tinha tudo o que ele possuía e também uma Mercedes, pois que ele nem mesmo possuía uma bicicleta.
O pensamento positivo se evaporou. Pensamento positivo não funciona. É tolice, se o pensamento positivo é baseado em fatos, o pensamento negativo também. É um fato real que aquele homem tem um carro, enquanto que o outro não o tem. Ou seja, o proprietário do carro tem todas vantagens de um carro que o outro não tem. Então, onde há fatos, o pensamento negativo sempre existirá junto ao pensamento positivo e a conclusão: “Eu sou triste”, permanecerá com você porque você ainda acha que a tristeza é causada pelo mundo externo.  Assim, o pensamento positivo não pode apagar a conclusão de “Eu sou triste”. 

PODE UMA MUDANÇA NA SITUAÇÃO REMOVER A TRISTEZA?

Se o mundo externo é causa da sua tristeza, você não pode se livrar dessa tristeza, mesmo que você crie uma nova situação ou vá para um novo lugar. Suponhamos que você vá para o céu que é uma situação ideal para todos.
Há diferentes conceitos sobre céu. De acordo com as nossas escrituras, não há fome ou sede no céu, ninguém é atingido pela fome ou sede, velhice ou morte no céu. Então, obviamente não há necessidade por comida e então não haverá nenhum restaurante no céu. Na haverá bhel- puri, nem pani-puri, nem mesmo só puri. Então, você não pode ter essas coisas, mesmo que você as adore. Tudo o que você tem no céu é dança e música e você logo se entediará.
De acordo com as religiões ocidentais, os que têm fé vão para o céu e tem um jantar eterno com Deus. Mas, um típico jantar ocidental começa com a sopa e então o jantar eterno começará com a sopa. Mas, desde que você esteja eternamente lá na mesa do jantar, você nem mesmo poderá tomar um pouco da sopa, porque se o jantar começar, também terminará. Então você terá que manter a colher da sopa perto da sua boca, mas nunca irá saboreá-la a. Então, você está preso à sopa.
No céu muitos residentes têm um status diferente e eles experimentam diferentes graus de alegria, pois o status também pode lhe trazer felicidade. Nossas escrituras nos dão uma detalhada gama de graus de felicidade associada a diferentes status.
Imagine um homem que é forte, saudável, corajoso e com o pensamento equilibrado. Ele é bem criado, bem educado, vive uma vida de dharma e não tem conflito na mente. Ele possui toda a terra e todos os recursos, nenhum rival para partilhar e que o ameace. E tudo isso, obviamente lhe dá um alto grau de felicidade que qualquer ser humano deseje ou queira usufruir.
E nós chamamos isso de uma unidade de felicidade. Multiplique isso por cem e você terá uma unidade de felicidade usufruída por Manusya Gandharvas. E a felicidade usufruída por Deva Gandharvas é cem vezes mais do que a usufruída por Manusya Gandharvas e assim vai.
Você continua multiplicando por cem cada vez e você obtém uma estimativa do grau de felicidade usufruída por Pitrs, os Ajana Devas, os Karma Devas (que servem os Devas) , os Devas, Indra, Brahaspati, Prajapati, Brahma. A idéia é que diferentes status proporcionam diferentes graus de alegria e até mesmo no céu você se sentirá inadequado devido a essa comparação.
Muitos de nossos jovens (indianos) alimentam a ambição de sair do país, ir para o exterior. A primeira escolha, com certeza  é os Estados Unidos, seguido por Canadá. Se não esses, Arábia Saudita, Kuwait, Dubai, Bahrain. Se nenhum deles, Malásia, Singapura ou Hong Kong... algum lugar. Esta é a visão, a ambição da maioria dos jovens (indianos), há exceções, com certeza.
Ouça esta: um homem do Kerala migrou para o Kuwait, onde prosperou . Uma vez no Kuwait ele me disse: “Swamiji, que tal se nós saíssemos para um picnic espiritual, um satsanga? Aonde podemos ir?” Ele dirige por uma hora em uma direção e chega à fronteira. “Onde estamos indo?” , pergunto eu.
“Swamiji, nós estamos indo a um lugar que fica a cinco milhas daqui”.“Onde é?” “Swamiji, tem uma árvore lá. Nós podemos nos sentar em baixo da árvore e fazer um satsanga ao ar livre para mudar de ambiente”.
Imagine uma pessoa que veio de Kerala que é um dos estados mais arborizados da Índia, percorrendo várias milhas para encontrar uma árvore! Que ananda, alegria ela encontra lá? Você pode ganhar dinheiro no Kuwait, mas não pode ter tudo.
Então, onde quer que você vá, qualquer que seja a mudança por que você passe, a felicidade sempre será relativa. Toda situação tem dois lados, onde um lado é ótimo e o outro não. Na verdade, todas as situações, toda a vida é como os picles do Gujarat, que são doces e apimentados ao mesmo tempo!
Toda situação é como uma moeda que tem os dois lados. Se você tem um lado, você também tem o outro. Esta é a causa em si, portanto não existe nenhuma maneira de resolver o problema da tristeza através de qualquer mudança relacionada a uma determinada situação.
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Antroposofia na Revista Isto É

O artigo apenas lança uma nuance para reflexão sobre o que são nossas crenças pessoais e nossa vida social, sobre a integração desses aspectos que nos constituem, sobre levar nossa prática de yoga do mat para a vida, e isso sim é yoga!
Marie

O trabalho sob outro prisma

Baseada em conceitos como autoconhecimento, tempo e liberdade, há uma filosofia que ganha cada vez mais adeptos no mundo profissional, indo na contramão da pressa exigida pelo mercado

Débora Rubin
 
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RAMO
A consultora Viviane Rocha: tese sobre administração
antroposófica, e o arquiteto Michael Moesh
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A máxima dominante no mundo profissional de que o mercado é acelerado, intransigente e ultracompetitivo não encontra eco em um grupo cada vez mais crescente no Brasil: os profissionais antroposóficos. São professores, médicos, arquitetos, agricultores, administradores, entre outros, que compartilham a mesma visão de mundo. Para eles, a busca do autoconhecimento, a integração com o ambiente de trabalho e o entendimento sobre o outro, seja um colega, seja um cliente, são apenas alguns dos alicerces do dia a dia. Para esse grupo, não basta produzir, é preciso haver um sentido em tudo o que se faz. A antroposofia é um conceito criado pelo filósofo e educador austríaco Rudolf Steiner (1861-1925) no século passado, que engloba diversas áreas. É denominada uma ciência espiritualista, embora não seja religiosa. No Brasil, é conhecida especialmente por causa da pedagogia Waldorf – adotada por 53 escolas, que prega o “aprender fazendo” e trabalha o agir, o sentir e o pensar em todas as aulas – e também pela medicina antroposófica, que leva em consideração não só os sintomas físicos, mas os aspectos emocionais e espirituais do paciente.
A novidade é que cada vez mais profissionais de outras áreas têm adotado a antroposofia. É o caso da consultora comercial Viviane Rocha, que se apaixonou pelo tema após ir trabalhar na Weleda, empresa farmacêutica que segue essa linha. Em seu contato diário com os franqueados, ela faz questão de aplicar os conceitos plantados por Steiner. Ouvir o outro com atenção, entender sua dinâmica e buscar as soluções individuais. “Vamos um pouco na contramão do que acontece hoje no mercado corporativo, que não espera nada nem ninguém”, acredita Viviane. O resultado, diz ela, é mais preciso. Seu interesse pelo tema cresceu tanto que ela decidiu fazer mestrado em administração antroposófica. Outra tendência são as consultorias que usam os preceitos da filosofia para treinar líderes, coaching e projetos de desenvolvimento dentro de grandes empresas, caso do Instituto EcoSocial, que atende Sadia, Odebrecht e Itaú, entre outros.
Na arquitetura, o Brasil ainda dá os primeiros passos. Segundo o arquiteto Michael Emil Moesh, formado na Holanda, a chamada arquitetura orgânica ainda cheira a novidade como termo. Suas diretrizes, no entanto, são bem difundidas atualmente, como integração de ambientes, utilização de recursos naturais e sustentáveis e a consideração pelo modelo de vida do morador, pelas suas ideias e atividade profissional. “Hoje isso soa moderno, mas foi idealizado por Rudolf Steiner há quase um século”, diz Moesh. O próprio Steiner foi arquiteto. É dele o projeto do Goethenum, em Dornach, na Suíça, considerado o centro antroposófico do mundo e onde, na semana passada, foi dada a largada para as comemorações pelos 150 anos do nascimento do filósofo austríaco.
“Os valores dessa ciência estão espalhados hoje em todos os setores da sociedade. Muitas vezes uma pessoa vive de acordo com eles sem saber que é antroposofia”, diz o filósofo Carlos Maranhão, da Editora Antroposófica. Para ele, as pessoas estão um pouco cansadas das respostas puramente materialistas, que já não dão conta dos anseios modernos. Daí a busca por uma compreensão maior do lado espiritual. O advogado André Hatoun passou anos separando sua simpatia pela antroposofia da vida profissional. “Achava que o direito e uma ciência espiritual eram conflitantes”, explica. Até perceber que podia adotar uma postura mais condizente com seus ideais também no escritório. Hoje, ele tenta ir além do problema levado pelo cliente, busca entender seu modelo de vida, sua forma de pensar e seu lado espiritual. “Agora consigo ver minha profissão como uma missão.”

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VARIEDADE
Da esq. para a dir: a agrônoma Andrea, a terapeuta Leila,
o filósofo Carlos, a terapeuta Elizabeth e a médica Ana Paula


Fonte:

Revista Isto É
Comportamento
|  N° Edição:  2139 |  05.Nov.10 - 21:00 |  Atualizado em 08.Nov.10 - 15:35 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tattvabodhaḥ , primeiro verso



Tattvabodha
(primeiro verso)


vāsudevendrayogīndraṁ natvā jñanaprādaṁ guruṁ
mumukṣūṇāṁ hitārthāya tattvabodho bhidhīyate

Tendo reverenciado seu mestre Vāsudeva, o mais exaltado entre os yogis,
 aquele que confere o conhecimento,
Tattvabodha é exposto para o bem daqueles que desejam a liberação.

 (extraído de Tattvabodhaḥ, O Conhecimento da Verdade, 
śrī śaṅkarācārya, Vidya Mandir Editorial, 2006)


Verso cantando no início do estudo do livro Tattvabodhaḥ,
O Conhecimento da Verdade, śrī śaṅkarācārya, 
Vidya Mandir Editorial, 2006, às terças-feiras no MahiYoga.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

TIMO: A Chave da Energia Vital por Sonia Hirsch


Sonia Hirsch
www.soniahirsch.com
jornalista e escritora voltada para promoção da saúde
Petrópolis, RJ, Brasil
perfil completo

TIMO, A CHAVE DA ENERGIA VITAL

No meio do peito, bem atrás do osso onde a gente toca quando diz Eu, fica uma pequena glândula chamada timo. Seu nome em grego, thymos, significa energia vital. Precisa dizer mais? Precisa, porque o timo continua sendo um ilustre desconhecido.

Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando nos estressamos e mais ainda se adoecemos. Esta característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só o conhecia através de autópsias e sempre o encontrava encolhidinho. Supunha-se que atrofiava e parava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas os médicos americanos bombardeavam timos adultos perfeitamente saudáveis com megadoses de raios-x, achando que seu tamanho “anormal” poderia causar problemas.

Mais tarde a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a infância, continua totalmente ativo: é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha dorsal, e está diretamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem. Como uma central telefônica por onde passam todas as ligações, faz conexões para fora e para dentro. Se somos invadidos por micróbios ou toxinas, reage produzindo células de defesa na mesma hora.

Mas também é muito sensível a imagens, cores, luz, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras, pensamentos. Amor e ódio o afetam profundamente. Idéias negativas têm mais poder sobre ele do que vírus ou bactérias  já que não existem em forma concreta, o timo fica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas de baixa imunidade como herpes, por exemplo. Em compensação, idéias positivas conseguem dele uma ativação geral de todos os poderes, lembrando a fé que remove montanhas.

Um teste simples pode demonstrar essa conexão. Feche os dedos polegar e indicador na posição de OK, aperte com força e peça para alguém tentar abri-los enquanto você pensa “estou feliz”. Depois repita pensando “estou infeliz”. A maioria das pessoas conserva a força nos dedos com a idéia feliz e enfraquece quando se pensa infeliz. (Substitua os pensamentos por uma bela sopa de legumes ou um lindo sorvete de chocolate para ver o que acontece...)

Este mesmo teste serve para lidar com situações bem mais complexas. Por exemplo, o médico precisa de um diagnóstico diferencial - seu paciente tem sintomas no fígado que tanto podem significar câncer quanto abcessos causados por amebas. Usando lâminas com amostras, ou mesmo representações gráficas de uma e outra hipótese, testa a força muscular do paciente quando em contato com elas e chega ao resultado. As reações são consideradas respostas do timo e o método, que tem sido demonstrado em congressos científicos ao redor do mundo, já é ensinado até na Universidade de São Paulo (USP), a médicos acupunturistas.

O detalhe curioso é que o timo fica encostadinho no coração, que acaba ganhando todos os créditos em relação a sentimentos, emoções, decisões, jeito de falar, jeito de escutar, estado de espírito... “Fiquei de coração apertadinho”, por exemplo, revela uma situação real do timo, que só por reflexo envolve o coração. O próprio chacra cardíaco, fonte energética de união e compaixão, tem muito mais a ver com o timo do que com o coração – e é nesse chacra que, segundo os ensinamentos budistas, se dá a passagem do estágio animal para o estágio humano.

“Lindo!”, você pode estar pensando, “mas e daí?” Daí que, se você quiser, pode exercitar o timo para aumentar sua produção de bem-estar e felicidade.

Como? Pela manhã, ao levantar, ou à noite, antes de dormir.

Fique de pé, os joelhos levemente dobrados. A distância entre os pés deve ser a mesma dos ombros. Ponha o peso do corpo sobre os dedos e não sobre o calcanhar, e mantenha toda a musculatura bem relaxada.

Feche qualquer uma das mãos e comece a dar pancadinhas contínuas com os nós dos dedos no centro do peito, marcando o ritmo assim: uma forte e duas fracas. Continue por três a cinco minutos, respirando calmamente enquanto observa a vibração produzida em toda a região torácica.

O exercício estará atraindo sangue e energia para o timo, fazendo-o crescer em vitalidade e beneficiando também pulmões, coração, brônquios e garganta. Ou seja, enchendo o peito de algo que já era seu e só estava esperando um olhar de reconhecimento para se transformar em coragem, calma, nutrição emocional, abraço.

Ótimo. Íntimo. Cheio de estímulo. Bendito timo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

indoàindia: Eu não vou tomar droga nenhuma !!!


em  http://indoaindia.blogspot.com/  em 11/10/2010 

Exemplo de Complemento (Não foi o que eu vi!)
Um amigo da estrada esses dias me alertava sobre a necessidade de se compensar com muito cuidado minerais e nutrientes consumidos durante a viagem. Ele mesmo já havia feito um bom trecho de bicicleta, e sob orientação de uma personal trainner, recorrido ao uso de alguns complementos. Eu lhe disse que tentava fazer uso apenas a uma alimentação balanceada, com lentilhas e cuscuz (por seu rápido cozimento, alto teor proteico e de carboidratos respectivamente), frutas secas oleaginosas (especialmente a castanha do pará, por serem muito calóricas e com muitas propriedades interessantes), frutas frescas (sobretudo banana por conter muito potássio), frutas desidratadas em geral (por propriedades e facilidade de transporte, como os itens anteriores), mel e uma granola de meu preparo que leva entre outros flocos de quinua, gérmen de trigo e levedura de cerveja.

Meu interlocutor disse que ainda assim eu deveria recorrer a complementos de proteína, maltodextrina  e outros de que não lembro o nome. Para não ser teimoso fui à farmácia ver o que havia nesse sentido. Estudando bulas, e que me corrijam os que compreendem melhor o assunto, li que um dos melhores ali encontrados, trazia 5 gr da substância em questão por dose indicada para consumo diário, mas se tomado com leite, o total de proteínas era de 16 gr. Ora, ou bem este produto multiplica-se protéicamente quando tomado com leite, ou o leite simplesmente contém mais proteínas do que esta joça de 60 reais o potinho. Prefiro caprichar então no leite, queijo e ovos, visto que não sou dado ao consumo de carne, e não tomar droga nenhuma!!! Verdade que aumentar a dose destes itens tende a provocar fortes flatulências, mas soube que os complementos também o fazem. O jeito é dormir com a barraca aberta e aproveitar esse gás durante o dia como propulsão extra ao pedal, assim como uma espécie de turbo gastro-intestinal...

Postado  em  http://indoaindia.blogspot.com/  em 11/10/2010



Segunda Sem Carne









 Um ano da campanha segunda sem carne

Nos dias 23 e 24 de outubro o Ibirapuera abrigará atividades em comemoração do primeiro aniversário  da Campanha Segunda Sem Carne, realizada pela Sociedade Vegetariana Brasileira em parceira com o Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Serão promovidas palestras, oficinas, exibição de filmes e degustações com chefs de diversos restaurantes. As atividades começam a partir das 12h nos dois dias, mas um stand de orientação da SVB e parceiros já estará em funcionamento a partir das 10h. A programação é gratuita, mas é necessário retirar senhas de participação por ordem de chegada, 30 minutos antes da atividade ter início.
As oficinas serão desenvolvidas numa tenda, em espaço próximo ao Planetário do Ibirapuera e as degustações culinárias acontecem na Escola de Astrofísica. Haverá sorteio de brindes e serão distribuídas receitas e adesivos de apoio.

Programação:

terça-feira, 19 de outubro de 2010

aulas regulares - SEG e QUA, 19:30h - Hatha Yoga (out/2010)

Mahi Yogashala
com Marie Furlanetti
Sousas - Campinas
seg e qua, 19:30h (iniciante/intermediário)



Aula em 18/OUT/2010 
Segunda-feira - 19:30h 
Célia e Cintia
em vrkśāsana

Deborah e Lis
em vrkśāsana

Deborah e Cintia

Deborah, Cintia, Lis e Celia
em variação de matsyendrāsana 

Célia e Lis
preparando para paśmotanāsana

Deborah e Cintia
em variação de matsyendrāsana

Deborah e Cintia
em upaviśtakonāsana

Deborah, Cintia, Lis e Célia
em variação de matsyendrāsana 

Deborah, Cintia, Lis e Célia
em variação de matsyendrāsana

Deborah em śirṣāsana

Célia em variação de sarvangāsana

Cintia em variação de viparita karani

Deborah e ḷis em sanvangāsana

Deborah em sarvangāsana

Lis em śirṣāsana

Lis em śirṣāsana

Deborah em halāsana

Aulas Regulares

Horários:

Aulas on-line:

segunda, das 18:30h às 20h (aṣṭāṅga vinyasa yoga)

quarta, das 18:30h às 20h (aṣṭāṅga vinyasa yoga)

quinta, das 19h às 20:15h (vinyasa yoga com fundamentos de Iyengar Yoga e Hatha Yoga Dinâmico)

sexta, das 19h às 20h (meditação)

Agende sua aula previamente.

Aula avulsa/experimental: R$70,00


Mensalidade:

1x por semana: R$210,00

2x por semana: R$300,00


Consulte também outros planose atendimentos individuais.

Informações: (19) 992902199

ou @mahiyogabr

Mahi, significado da palavra:


Mahi é declinação da palavra em sânscrito Mahin, que traduz-se por terra, natureza.

Este nome representa e intensão em despertar a consciência quanto a nossa verdadeira natureza, tornando nossa ligação com a terra (elemento que nos conecta com a materialidade), ou com a Terra, mais efetiva.

Grata a Glória Arieira pelos ensinamentos e inspiração nesse trabalho, do nome ao coração dele.

Que o dhārma seja cumprido.

Bem vindos, namaste!
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