terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mentes divagantes tornam pessoas infelizes, conclui pesquisa

Extraído em 16/11/10 de G1 Ciência e Saúde

Dispersão é 'conquista cognitiva', mas tem um custo emocional, diz estudo.
Trabalho de psicólogos da Universidade Harvard foi publicado na 'Science'.

France Presse
Só 4,6% da felicidade das pessoas em um determinado momento é atribuível à atividade específica que ele ou ela está desempenhando 
Só 4,6% da felicidade das pessoas em um
determinado momento é atribuível à atividade
específica que ele ou ela está desempenhando
(foto ilustrativa: reprodução)
Talvez você deva ouvir os conselhos daquele professor de ioga, que sempre diz que é necessário concentrar-se no momento. Um estudo divulgado nesta quinta-feira (11) nos Estados Unidos sugere que as pessoas gastam quase metade do tempo imaginando que gostariam de estar em algum outro lugar ou fazendo alguma outra coisa, e essa perpétua dispersão da mente as torna infelizes.

"A mente humana é uma mente dispersa, e uma mente dispersa é uma mente infeliz", escrevem os psicólogos Matthew Killingsworth e Daniel Gilbert, da Universidade Harvard, na revista científica Science.

"A habilidade de pensar sobre o que não está acontecendo no momento é uma conquista cognitiva, mas tem um custo emocional", destacam.

As 2.250 pessoas pesquisadas divagavam em 46,9% do tempo
 
A pesquisa acompanhou 2.250 pessoas através de seus iPhones. Um aplicativo foi instalado para perguntar aos voluntários "o quanto felizes estão, o que estão fazendo no momento e se estão pensando sobre a atividade que estão realizando ou sobre qualquer outra coisa - e, neste caso, se é um pensamento agradável, neutro ou desagradável".

A pergunta aparecia na tela dos iPhones em intervalos irregulares.

Quando os resultados foram computados, os cientistas constataram que a mente das pessoas estava divagando 46,9% do tempo.


Sexo, exercícios e papo

Os voluntários declararam-se mais felizes quando faziam sexo, se exercitavam ou tinham uma conversa. Por outro lado, descreveram maior infelicidade quando usavam o computador em casa, descansavam ou trabalhavam.

"O estudo mostra que nossa vida mental é permeada, em um nível significativo, pelo não presente"
Matthew Killingsworth, psicólogo da Universidade Harvard
Ao examinar as respostas dadas pelos voluntários quando suas mentes divagavam, os psicólogos descobriram que "apenas 4,6% da felicidade das pessoas em um determinado momento é atribuível à atividade específica que ele ou ela está desempenhando, ao mesmo tempo em que o estado de divagação de uma pessoa corresponde a cerca de 10,8% de sua felicidade".

O estudo indica que "análises de intervalo causa-efeito" apontam que "a mente divagante dos voluntários é geralmente a causa, e não a consequência, de sua infelicidade".

Os voluntários tendem a ter mais foco no presente e são menos propensos à dispersão durante o sexo, segundo a pesquisa. Ao realizar qualquer outra atividade, as mentes divagam pelo menos 30% do tempo.

De acordo com os pesquisadores, 74% dos voluntários são americanos, oriundos de "um amplo espectro de cenários socioeconômicos e profissões".

"A divagação da mente é um excelente prognóstico da felicidade das pessoas", concluiu Killingsworth. "O estudo mostra que nossa vida mental é permeada, em um nível significativo, pelo não presente".

O aplicativo para iPhone usado na pesquisa está disponível para download.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O PROBLEMA É VOCÊ, A SOLUÇÃO É VOCÊ

Swami Dayananda

Tradução e apresentação por Humberto Meneghin 
em 07 de Novembro de 2010 no www.yoga.pro.br


PARTE I – O PROBLEMA

Na maioria das vezes achamos que os problemas com os quais nos deparamos são muito complicados, que não merecemos tê-los e às vezes pensamos que jamais irão se resolver. The problem is you, The solution is you, é um valioso livro escrito por Swami Dayananda, publicado pelo Gangadhareshwar Trust de Rishikesh, dividido em três capítulos:
1) O problema,
2) A busca e
3) A solução.
O texto aborda de uma forma sucinta, mas profunda, a maneira como podemos encontrar a solução para aqueles problemas que a vida nos apresenta.

1) OS DOIS TIPOS DE PROBLEMAS.
De início, o sábio nos explica que há basicamente dois tipos de problemas na vida:
PROBLEMA 1 – é aquele problema em que a solução se encontra fora do mesmo;
PROBLEMA 2 – é aquele em que a solução está dentro do próprio problema.
Explica Swamiji que os problemas ligados à alimentação, vestimentas, moradia e outros considerados mais simples e corriqueiros pertencem à primeira categoria de problema, ou seja, ao problema número 1, onde a solução se encontra fora do próprio problema.
Se você analisar o problema relacionado à fome, verá que aquele que sente fome, logicamente terá que procurar por comida para saciar a fome; então, a solução para o problema desta pessoa “ir em busca de comida para saciar a fome”, se encontra fora do problema fome.
O mesmo acontece se você não tiver um lugar para morar. Para solucionar este tipo de problema você terá que se empenhar nas ações necessárias para conseguir uma moradia e, conseqüentemente, a solução para este tipo de problema também se encontra fora de você.
Swamiji classifica estes tipos de problemas como problemas momentâneos, ou seja, são aqueles problemas que podem ser resolvidos tomando-se uma ação eficaz. Ação esta que de uma forma ou outra, levando-se em conta os recursos que temos a nosso dispor, irá nos levar ao planejamento e ao esforço contínuo em busca da solução.
Agora, se alguém nos der um quebra cabeças cujas peças, em número de quatro, se forem bem colocadas formam a letra “S”, você irá notar, de imediato, que cada peça tem o próprio formato, o próprio ângulo e que sozinhas, nenhuma delas tem o menor significado e, então, você chega a inevitável conclusão que as peças em si só tem um significado real se forem colocadas numa determinada maneira.
No entanto, se você colocar as quatro peças deste pequeno quebra cabeças de qualquer jeito, elas não formam a letra “S” e aí você vai achar que não é capaz de resolver o quebra cabeças.
Após várias tentativas, você percebe que as peças continuam a não se encaixar umas com as outras como deveriam se encaixar e aí você conclui que uma peça está faltando e por causa disto você começa a alimentar uma idéia equivocada de que a solução para se formar o quebra cabeças está fora do problema e que para solucioná-lo você ainda irá precisar de uma quinta ou sexta peça; mas, isso não é lógico, pois somente são necessárias as quatro peças montar o quebra cabeças.
Com este mero exemplo, Swamiji, nos apresenta o segundo tipo de problema, onde a solução está no próprio problema. Nos explica o sábio, que a solução deste problema requer apta, ou seja, alguém que seja bem informado e que tenha a qualificação necessária para trazer a solução ao problema; ou seja, é aquele que já tem a solução para o problema na cabeça e que vê a letra “S” se formar, naturalmente, com as quatro peças, mesmo quando não estão juntas; então, você chega à conclusão que a solução para este problema está no próprio problema e que a única ação que você precisa fazer é arranjar e colocar as peças numa forma apropriada para ter a solução.
E, finalmente, você conclui com toda certeza, que a solução para este segundo tipo de problema se encontra dentro do próprio problema. Mas se por algum motivo alguém achar, que a solução que este problema nos apresenta ainda continua sendo um “problema”, então, este “problema” só continuará existindo devido à ignorância daquele que acha que o problema ainda persiste, pois acredita que ao invés de um fato eivado de solução, tem o problema.

O PROBLEMA DA TRISTEZA HUMANA.

O problema da tristeza humana é um tipo de problema que tem a solução nele mesmo. Geralmente achamos que a solução para esse tipo de problema está fora dele, pois nós sempre encontramos uma razão, um bom motivo, para que a tristeza esteja fora de nós.
Parece que há algo fora do meu controle que me causa tristeza e que isto tem que ser corrigido, remendado ou até mesmo destruído para que a minha tristeza seja removida.
A razão porque sentimos tristeza é facilmente sentida e identificada por nós. Então, Swamiji, nos pergunta: Por que você está triste? Por que não tem trabalho? Por que está doente? Por que não está casado ainda? Por que não tem filhos ou porque tem muitos filhos? Por que alguém não deu notícias? Por que alguém deu notícias! 
A ingenuidade na mente dos humanos é capaz de descobrir as causas de seus reveses fora deles mesmos. A conclusão é que o revés ou a tristeza é um tipo de problema cuja solução se encontra fora dele.
Vamos examinar se a solução pode vir de fora ou não: Se você concluir que está triste só porque não tem um emprego, isto significa que a falta do emprego é a causa da sua tristeza, causa esta que deverá ir embora totalmente quando você conseguir um emprego, ou seja, o emprego conseguido é capaz de livrar você da tristeza.
Mas quando você começa a trabalhar neste novo emprego, você descobre que agora tem um novo problema: o lugar onde vai trabalhar é muito longe, pois você leva metade de seu tempo para chegar até lá.
Primeiro você tem que ir até ao ponto para pegar o ônibus, então você espera pelo ônibus, anda de ônibus por uma hora e depois caminha mais um pouco até à fábrica onde trabalha.  Com este problema diário, você resolve procurar por uma moradia próxima ao trabalho e a encontra na colônia da própria fábrica.
Mas, então, você se depara com um outro problema: lá o ar é totalmente poluído por causa da fumaça que sai da chaminé da fábrica e como alguém pode morar em lugar como esse? Então, a casa anterior onde você morava era definitivamente melhor do que a atual e por isso você resolve retornar para ela, mas, o problema do transporte está de volta. Você resolve um problema, e mais um aparece.
Esses problemas de emprego-trabalho, transporte, moradia são problemas passageiros – momentâneos– ou seja, são situações e não problemas.
Mas a tristeza não é causada por uma situação momentânea. Se você acha que uma determinada situação momentânea é a causa de tristeza, você poderá achar que isso também é uma situação que traz conforto. Por exemplo: a sogra sempre é uma fonte de conforto ou de incômodo, mas quando você precisa ir ao cinema ou ir a um encontro com o Swami, você prefere deixar a criança para a sogra tomar conta, em casa, pois ela será uma mão na roda como babá. Então, mesmo a sogra é uma fonte de conforto.
Todos os problemas os quais você se depara na vida, na verdade, também traz a você vantagem e desvantagens (vice versa). Não há nada neste mundo, na criação, algo que tenha apenas um lado.
Suponha que, se você se tornar um Swami, pessoas se aproximarão de você com certas perguntas tais como: Swamiji, você lê as mãos? Você pode me dizer quando vou me casar? E, outras perguntas mais.
Conta Swami Dayananda que em visita a um zoológico em Milwaukee, Estados Unidos, ouviu um adolescente dizer a outro: veja esta nova espécie!  Então, ser um sadhu também tem as suas vantagens e desvantagens.
Se você se casar, haverá vantagens e algumas desvantagens também. Ter filhos nos dá uma sensação de preenchimento como seres humanos, mas criar esses filhos traz todo tipo de problema inesperado.
Então, se você examinar qualquer situação, você encontrará ambas vantagens e desvantagens e se alguma situação causar tristeza a você, você poderá encontrar nessa dada situação uma fonte de conforto também.  Pois aquele que se sente confortável por causa de uma determinada situação também se tornará triste por causa dessa mesma situação.

O PENSAMENTO POSITIVO PODE REMOVER A TRISTEZA?

Qualquer coisa pode ser vista de várias formas. Olhando para uma rosa, alguém pode dizer:
“A rosa é bela, mas tem espinhos”.
Ou ainda:
“Apesar dos espinhos a rosa é bela”.
Ambos os pontos de vistas estão corretos, pois são baseados em fatos e isso nos traz o que chamamos de pensamento positivo, que as pessoas comentam tanto hoje em dia.  E isso é um modo, uma maneira de ver as coisas.
“A rosa é bela, mas tem espinhos”. Este é o jeito daquele que se queixa ao ver a rosa. “Apesar dos espinhos a rosa é bela”, é o modo positivo de se olhar a rosa.
Há muitas pessoas que propagam o pensamento positivo como um meio de superar a tristeza; mas isso não pode resolver o problema da tristeza humana para melhor, pois onde há pensamento positivo, há um fato que torna real o pensamento positivo; então, se fosse assim, haveria um outro fato se formando a base do pensamento negativo.
Tome como exemplo o caso de um homem que tinha uma pobre auto-imagem, isto é, uma baixa auto estima. Sempre olhando para baixo e ele conclui que não venceu na vida, que foi um fracasso. As pessoas a sua volta também contribuem para que ele forme esta empobrecida conclusão e ninguém pode realmente ajudá-lo.
Ele vem até o Swami e conta como se sente e o Swami lhe diz: Você, positivamente, olhe pra você mesmo. Veja todas as coisas que tem. Você tem um par de olhos que vêem, um par de ouvidos que escutam e um nariz que sente cheiros. Há muitas pessoas que não tem olhos, outras que são surdas e há narizes que não sentem o cheiro. Você tem todos os sentidos intactos, corpo saudável e aquilo que chamamos de uma mente normal.
Quantas pessoas existem que não são privilegiadas como você? E você tem uma boa educação, bons pais. Há tantos órfãos que nem conhecem seus pais e que também não receberam educação apropriada. E você ainda tem uma boa família, um emprego, uma casa. Falando a verdade, você é abençoado. Por que você tem uma pobre imagem de você?  Há tantas coisas positivas em você mesmo.
Então, o homem se convenceu ao ouvir as palavras do swami e admitiu: “Não há nada a que se queixar. Eu estou muito feliz agora, não estou mais triste. Obrigado, Swami.” E o homem foi embora.
Então, ao sair, este mesmo homem viu alguém parar um carro a sua frente, um carro que era uma Mercedes e quando esse homem agora equipado com o pensamento positivo viu a pessoa que saiu da Mercedes e notou que aquele homem também tinha o par de olhos, ouvidos, nariz, corpo saudável todas essas coisas que ele tinha, mais uma Mercedes, ficou triste de novo. Ele percebeu que aquele homem tinha tudo o que ele possuía e também uma Mercedes, pois que ele nem mesmo possuía uma bicicleta.
O pensamento positivo se evaporou. Pensamento positivo não funciona. É tolice, se o pensamento positivo é baseado em fatos, o pensamento negativo também. É um fato real que aquele homem tem um carro, enquanto que o outro não o tem. Ou seja, o proprietário do carro tem todas vantagens de um carro que o outro não tem. Então, onde há fatos, o pensamento negativo sempre existirá junto ao pensamento positivo e a conclusão: “Eu sou triste”, permanecerá com você porque você ainda acha que a tristeza é causada pelo mundo externo.  Assim, o pensamento positivo não pode apagar a conclusão de “Eu sou triste”. 

PODE UMA MUDANÇA NA SITUAÇÃO REMOVER A TRISTEZA?

Se o mundo externo é causa da sua tristeza, você não pode se livrar dessa tristeza, mesmo que você crie uma nova situação ou vá para um novo lugar. Suponhamos que você vá para o céu que é uma situação ideal para todos.
Há diferentes conceitos sobre céu. De acordo com as nossas escrituras, não há fome ou sede no céu, ninguém é atingido pela fome ou sede, velhice ou morte no céu. Então, obviamente não há necessidade por comida e então não haverá nenhum restaurante no céu. Na haverá bhel- puri, nem pani-puri, nem mesmo só puri. Então, você não pode ter essas coisas, mesmo que você as adore. Tudo o que você tem no céu é dança e música e você logo se entediará.
De acordo com as religiões ocidentais, os que têm fé vão para o céu e tem um jantar eterno com Deus. Mas, um típico jantar ocidental começa com a sopa e então o jantar eterno começará com a sopa. Mas, desde que você esteja eternamente lá na mesa do jantar, você nem mesmo poderá tomar um pouco da sopa, porque se o jantar começar, também terminará. Então você terá que manter a colher da sopa perto da sua boca, mas nunca irá saboreá-la a. Então, você está preso à sopa.
No céu muitos residentes têm um status diferente e eles experimentam diferentes graus de alegria, pois o status também pode lhe trazer felicidade. Nossas escrituras nos dão uma detalhada gama de graus de felicidade associada a diferentes status.
Imagine um homem que é forte, saudável, corajoso e com o pensamento equilibrado. Ele é bem criado, bem educado, vive uma vida de dharma e não tem conflito na mente. Ele possui toda a terra e todos os recursos, nenhum rival para partilhar e que o ameace. E tudo isso, obviamente lhe dá um alto grau de felicidade que qualquer ser humano deseje ou queira usufruir.
E nós chamamos isso de uma unidade de felicidade. Multiplique isso por cem e você terá uma unidade de felicidade usufruída por Manusya Gandharvas. E a felicidade usufruída por Deva Gandharvas é cem vezes mais do que a usufruída por Manusya Gandharvas e assim vai.
Você continua multiplicando por cem cada vez e você obtém uma estimativa do grau de felicidade usufruída por Pitrs, os Ajana Devas, os Karma Devas (que servem os Devas) , os Devas, Indra, Brahaspati, Prajapati, Brahma. A idéia é que diferentes status proporcionam diferentes graus de alegria e até mesmo no céu você se sentirá inadequado devido a essa comparação.
Muitos de nossos jovens (indianos) alimentam a ambição de sair do país, ir para o exterior. A primeira escolha, com certeza  é os Estados Unidos, seguido por Canadá. Se não esses, Arábia Saudita, Kuwait, Dubai, Bahrain. Se nenhum deles, Malásia, Singapura ou Hong Kong... algum lugar. Esta é a visão, a ambição da maioria dos jovens (indianos), há exceções, com certeza.
Ouça esta: um homem do Kerala migrou para o Kuwait, onde prosperou . Uma vez no Kuwait ele me disse: “Swamiji, que tal se nós saíssemos para um picnic espiritual, um satsanga? Aonde podemos ir?” Ele dirige por uma hora em uma direção e chega à fronteira. “Onde estamos indo?” , pergunto eu.
“Swamiji, nós estamos indo a um lugar que fica a cinco milhas daqui”.“Onde é?” “Swamiji, tem uma árvore lá. Nós podemos nos sentar em baixo da árvore e fazer um satsanga ao ar livre para mudar de ambiente”.
Imagine uma pessoa que veio de Kerala que é um dos estados mais arborizados da Índia, percorrendo várias milhas para encontrar uma árvore! Que ananda, alegria ela encontra lá? Você pode ganhar dinheiro no Kuwait, mas não pode ter tudo.
Então, onde quer que você vá, qualquer que seja a mudança por que você passe, a felicidade sempre será relativa. Toda situação tem dois lados, onde um lado é ótimo e o outro não. Na verdade, todas as situações, toda a vida é como os picles do Gujarat, que são doces e apimentados ao mesmo tempo!
Toda situação é como uma moeda que tem os dois lados. Se você tem um lado, você também tem o outro. Esta é a causa em si, portanto não existe nenhuma maneira de resolver o problema da tristeza através de qualquer mudança relacionada a uma determinada situação.
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Visite o blog do Humberto: http://www.yogaemvoga.blogspot.com

Antroposofia na Revista Isto É

O artigo apenas lança uma nuance para reflexão sobre o que são nossas crenças pessoais e nossa vida social, sobre a integração desses aspectos que nos constituem, sobre levar nossa prática de yoga do mat para a vida, e isso sim é yoga!
Marie

O trabalho sob outro prisma

Baseada em conceitos como autoconhecimento, tempo e liberdade, há uma filosofia que ganha cada vez mais adeptos no mundo profissional, indo na contramão da pressa exigida pelo mercado

Débora Rubin
 
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RAMO
A consultora Viviane Rocha: tese sobre administração
antroposófica, e o arquiteto Michael Moesh
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A máxima dominante no mundo profissional de que o mercado é acelerado, intransigente e ultracompetitivo não encontra eco em um grupo cada vez mais crescente no Brasil: os profissionais antroposóficos. São professores, médicos, arquitetos, agricultores, administradores, entre outros, que compartilham a mesma visão de mundo. Para eles, a busca do autoconhecimento, a integração com o ambiente de trabalho e o entendimento sobre o outro, seja um colega, seja um cliente, são apenas alguns dos alicerces do dia a dia. Para esse grupo, não basta produzir, é preciso haver um sentido em tudo o que se faz. A antroposofia é um conceito criado pelo filósofo e educador austríaco Rudolf Steiner (1861-1925) no século passado, que engloba diversas áreas. É denominada uma ciência espiritualista, embora não seja religiosa. No Brasil, é conhecida especialmente por causa da pedagogia Waldorf – adotada por 53 escolas, que prega o “aprender fazendo” e trabalha o agir, o sentir e o pensar em todas as aulas – e também pela medicina antroposófica, que leva em consideração não só os sintomas físicos, mas os aspectos emocionais e espirituais do paciente.
A novidade é que cada vez mais profissionais de outras áreas têm adotado a antroposofia. É o caso da consultora comercial Viviane Rocha, que se apaixonou pelo tema após ir trabalhar na Weleda, empresa farmacêutica que segue essa linha. Em seu contato diário com os franqueados, ela faz questão de aplicar os conceitos plantados por Steiner. Ouvir o outro com atenção, entender sua dinâmica e buscar as soluções individuais. “Vamos um pouco na contramão do que acontece hoje no mercado corporativo, que não espera nada nem ninguém”, acredita Viviane. O resultado, diz ela, é mais preciso. Seu interesse pelo tema cresceu tanto que ela decidiu fazer mestrado em administração antroposófica. Outra tendência são as consultorias que usam os preceitos da filosofia para treinar líderes, coaching e projetos de desenvolvimento dentro de grandes empresas, caso do Instituto EcoSocial, que atende Sadia, Odebrecht e Itaú, entre outros.
Na arquitetura, o Brasil ainda dá os primeiros passos. Segundo o arquiteto Michael Emil Moesh, formado na Holanda, a chamada arquitetura orgânica ainda cheira a novidade como termo. Suas diretrizes, no entanto, são bem difundidas atualmente, como integração de ambientes, utilização de recursos naturais e sustentáveis e a consideração pelo modelo de vida do morador, pelas suas ideias e atividade profissional. “Hoje isso soa moderno, mas foi idealizado por Rudolf Steiner há quase um século”, diz Moesh. O próprio Steiner foi arquiteto. É dele o projeto do Goethenum, em Dornach, na Suíça, considerado o centro antroposófico do mundo e onde, na semana passada, foi dada a largada para as comemorações pelos 150 anos do nascimento do filósofo austríaco.
“Os valores dessa ciência estão espalhados hoje em todos os setores da sociedade. Muitas vezes uma pessoa vive de acordo com eles sem saber que é antroposofia”, diz o filósofo Carlos Maranhão, da Editora Antroposófica. Para ele, as pessoas estão um pouco cansadas das respostas puramente materialistas, que já não dão conta dos anseios modernos. Daí a busca por uma compreensão maior do lado espiritual. O advogado André Hatoun passou anos separando sua simpatia pela antroposofia da vida profissional. “Achava que o direito e uma ciência espiritual eram conflitantes”, explica. Até perceber que podia adotar uma postura mais condizente com seus ideais também no escritório. Hoje, ele tenta ir além do problema levado pelo cliente, busca entender seu modelo de vida, sua forma de pensar e seu lado espiritual. “Agora consigo ver minha profissão como uma missão.”

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VARIEDADE
Da esq. para a dir: a agrônoma Andrea, a terapeuta Leila,
o filósofo Carlos, a terapeuta Elizabeth e a médica Ana Paula


Fonte:

Revista Isto É
Comportamento
|  N° Edição:  2139 |  05.Nov.10 - 21:00 |  Atualizado em 08.Nov.10 - 15:35 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tattvabodhaḥ , primeiro verso



Tattvabodha
(primeiro verso)


vāsudevendrayogīndraṁ natvā jñanaprādaṁ guruṁ
mumukṣūṇāṁ hitārthāya tattvabodho bhidhīyate

Tendo reverenciado seu mestre Vāsudeva, o mais exaltado entre os yogis,
 aquele que confere o conhecimento,
Tattvabodha é exposto para o bem daqueles que desejam a liberação.

 (extraído de Tattvabodhaḥ, O Conhecimento da Verdade, 
śrī śaṅkarācārya, Vidya Mandir Editorial, 2006)


Verso cantando no início do estudo do livro Tattvabodhaḥ,
O Conhecimento da Verdade, śrī śaṅkarācārya, 
Vidya Mandir Editorial, 2006, às terças-feiras no MahiYoga.

Aulas Regulares

Horários:

Aulas on-line:

segunda, das 18:30h às 20h (aṣṭāṅga vinyasa yoga)

quarta, das 18:30h às 20h (aṣṭāṅga vinyasa yoga)

quinta, das 19h às 20:15h (vinyasa yoga com fundamentos de Iyengar Yoga e Hatha Yoga Dinâmico)

sexta, das 19h às 20h (meditação)

Agende sua aula previamente.

Aula avulsa/experimental: R$70,00


Mensalidade:

1x por semana: R$210,00

2x por semana: R$300,00


Consulte também outros planose atendimentos individuais.

Informações: (19) 992902199

ou @mahiyogabr

Mahi, significado da palavra:


Mahi é declinação da palavra em sânscrito Mahin, que traduz-se por terra, natureza.

Este nome representa e intensão em despertar a consciência quanto a nossa verdadeira natureza, tornando nossa ligação com a terra (elemento que nos conecta com a materialidade), ou com a Terra, mais efetiva.

Grata a Glória Arieira pelos ensinamentos e inspiração nesse trabalho, do nome ao coração dele.

Que o dhārma seja cumprido.

Bem vindos, namaste!
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