terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

aṣṭāṅga vinyasa yoga



ṣri K.Pattabhi Jois,
fundador do método, falecido em 2009.

Uma forma de praticar Hatha Yoga, porém de forma dinâmica e e fisicamente intensa. O Aṣṭāṅnga Vinyasa Yoga se caracteriza por se tratar de 6 séries fixas de posturas, nas quais os movimentos ligam uma postura a outra seguindo a respiração. O praticante vai avançando dentro de uma das séries e depois de uma série para outra a medida que vai conquistando os ásanas (posturas) gradativamente.
A aula pode conduzida pelo professor, que vai guiando o grupo em cada inspiração e exalação, ou seja em cada ásana, ao longo da aula, ou em estilo Mysore (nome da cidade ao sul da Índia onde Pattabhi Jois, criador do método fundou sua escola, o K Pattabhi Jois Ashtanga Yoga Institute) no qual cada aluno segue seu ritmo e o professor ensina simultaneamente vários alunos na sala, de forma individual.



O que torna a prática de Aṣṭāṅga Vinyasa Yoga uma forma de Hatha Yoga tão vigoroso, são Ujjayī Prānāyāma, e a tríade Vinyasa, Bandhas e Dṛiṣṭiscomo segue:


Ujjayī Prānāyāma é a forma de respirar durante a prática, também conhecida como respiração "vitoriosa", pelo vigor que traz à prática. Caracteriza-se pela inspiração e exalação, sempre pelas narinas procurando direcionar o ar para todas as partes dos pulmões (alta, média e baixa, ou seja, respiração completa ou yóguica), passando pelos seios da face, e controlando a passagem do ar pela garganta, com uma suave contração da glote até conseguir seu fechamento parcial. O atrito do ar na glote vai produzir um suave som sibilante, como um sussurro, que permite o praticante manter-se atento e consciente de cada respiração. O fechamento da passagem do ar na glote faz com que este circule mais pelos seios da face, que por ser uma região muito vascularizada, aquece o ar, produzindo uma espécie de "febre" que auxilia na eliminação de toxinas.



Vinyasa trata-se da ligação entre cada āsana usando a respiração. O praticante, dentro de cada inspiração ou exalação, executa um determinado movimento que o leva de uma postura a outra de forma harmoniosa.

Bandhas são contrações musculares profundas, feitas durante a prática, que potencializam o movimento de direcionam o prāna (força vital). Os bandha utilizados são: mūla bandha (elevação do assoalho pélvico a partir da contração do períeno), uḍḍiyana bandha (contração da base do abdomem, que leva a elevação dos órgãos internos em direção a coluna, e que em tradições clássicas do yoga é tido como extensão do mula bandha, sendo uddhyana bandha uma outra técnica executada de pulmões vazios, e não durante a execução de ujjayī prānāyāma) e jalandhāra bandha (contração da garganta).

Dṛiṣṭis são pontos de foco ocular, que vão se alternando no decorrer da prática de acordo com cada postura, são eles: antāra dṛiṣṭi (para cima), nasāgra dṛiṣṭi (na ponta do nariz), nabi dṛiṣṭi (no umbigo), pādayoragrai dṛiṣṭi (no dedo do pé), aṇguṣṭha madhyai dṛiṣṭi (nos polegares), pārṣva dṛiṣṭi (para as laterais), hastagrai dṛiṣṭi (para uma das mãos) e bhrūmadhya dṛiṣṭi (no intercílio, ājṅa cakra).

Tradicionalmente pratica-se 6 vezes por semana, deixando para descansar os sábados e  os primeiros dias de lua cheia e lua nova (pois tendemos aos extremos nesses dias da lua, então nos poupamos para a observarmos esses efeitos e descansarmos).

As mulheres também devem poupar-se nos primeiros dias do seu ciclo menstrual, bem como evitar as posturas invertidas até o final do ciclo, respeitando as forças que estão ativas nesse período, o que também deve ser conversado com o professor e definido caso a caso, de acordo com as características pessoais de cada uma.

As gestantes não precisam deixar de fazer nada que já faziam antes de engravidar, porém sempre respeitando seus limites, sua sensibilidade, o que certamente a levará a evitar algumas posturas, como flexões para frente, torções e no caso do últimos  meses de gestação, as invertidas, além de adaptações na respiração e bandhas. Isso tornará a prática adaptada aos novos objetivos da mulher, o que leva a descaracterização da prática de Aṣṭāṇga, sendo assim vista por muitos professores, como um outro estilo de prática, o que é irrelevante tendo em vista a saúde e bem estar da praticante.

A prática tem início com a vocalização do mantra de abertura (Aṣṭāṅga Yoga Mantra), execução do Surya Namaskar (saudação ao Sol) A e B, seguidos das posturas em pé, posturas sentadas (inclui flexões e torções) e então posturas invertidas (primeira série de seis).

As aulas em grupo servem como instrumento para se criar  o hábito e adquirir condições físicas e mentais para sua prática pessoal diária, o que não exclui a importância da orientação do seu professor.

Desfrute de sua prática, com segurança e respeito a si e aos outros, tendo em mente e no coração que a prática de āsanas,  mesmo numa sequÊncia completa como de Aṣṭāṅga Vinyasa Yoga, é apenas uma parte da prática o yoga, como descrito nos Yoga Sutras de Patāñjali, como Aṣṭāṅga Yoga (os oito passos do yoga).



Gratidão
Não posso deixar de expressar minha gratidão ao fundador, ṣri K.Pattabhi Jois, pelo método e pelos anos de dedicação em propagar seus ensinamentos, e às professoras Jimena Marques e Mariana Kaiatt, que me iniciaram respectivamente, como praticante e como professora de Aṣṭāṅga Vinyasa Yoga.



Aṣṭāṅga Vinyasa Yoga 
Quartas e Sextas, das 7:30h às 8:45h
Barão Geraldo- Campinas/SP


Para ouvir ṣri K.Pattabhi Jois entoando Aṣṭāṅga Yoga Mantra, clique aqui!


Para assistir uma aula conduzinda por ṣri K. Pattabhi Jois:


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Aulas Regulares

Horários:

Aulas on-line:

segunda, das 18:30h às 20h (aṣṭāṅga vinyasa yoga)

quarta, das 18:30h às 20h (aṣṭāṅga vinyasa yoga)

quinta, das 19h às 20:15h (vinyasa yoga com fundamentos de Iyengar Yoga e Hatha Yoga Dinâmico)

sexta, das 19h às 20h (meditação)

Agende sua aula previamente.

Aula avulsa/experimental: R$70,00


Mensalidade:

1x por semana: R$210,00

2x por semana: R$300,00


Consulte também outros planose atendimentos individuais.

Informações: (19) 992902199

ou @mahiyogabr

Mahi, significado da palavra:


Mahi é declinação da palavra em sânscrito Mahin, que traduz-se por terra, natureza.

Este nome representa e intensão em despertar a consciência quanto a nossa verdadeira natureza, tornando nossa ligação com a terra (elemento que nos conecta com a materialidade), ou com a Terra, mais efetiva.

Grata a Glória Arieira pelos ensinamentos e inspiração nesse trabalho, do nome ao coração dele.

Que o dhārma seja cumprido.

Bem vindos, namaste!
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